O Farma World’23, grande festa da farmácia que está a acontecer na tarde desta sexta-feira no Capitólio, em Lisboa, tem muitas coisas reservadas para os presentes, incluindo a muito esperada final do Torneio Game of Farma. Mas, logo no início do evento, e após alguns momentos de networking, aconteceram três masterclasses, a cargo dos patrocinadores Alter Genéricos, Haleon e Best Order by OCP.
O primeiro a falar foi o convidado da Alter Genéricos, António Hipólito de Aguiar, que, nunca no palco, mas sempre perto da plateia, com a qual interagiu “escondendo” alguns tópicos debaixo das cadeiras, falou sobre “Rentabilidade dos Medicamentos Genéricos em Farmácia Comunitária”, partindo da sua experiência de 25 anos na mesma.
Começou por afirmar que “não tem mal nenhum dizer que as farmácias estão ali para vender”, uma ideia que viria a voltar na sua apresentação (e na que a sucedeu). Afirmou que “o negócio das farmácias é vender stocks”, acrescentando ainda que “o serviço é algo que é embrulhado na venda e serve para fidelizar as pessoas”.
Aconselhando quem quer comprar uma farmácia de que “tem de pensar muito bem”, alertou para o facto de ser um negócio “com uma margem operacional baixa comparativamente a outros” e que, adicionalmente, “vale pelo volume de negócio”.
Falou ainda sobre ameaças e oportunidades, chegando depois ao grande ponto: “os genéricos são a âncora da farmácia”. Isto porque, entre outros fatores, têm uma “margem média de 45 a 50%” e trazem ainda outras vantagens como mais baixo custo de stock, elevada rentabilidade e tempo de rotação mais baico entre os produtos.
De seguida, subiu ao palco Isabel Soromenho Sequeira, a convite da Haleon, como tema “Farmacêutico(a) Comunitário(a): A Dimensão do Talento”. A professora e especialista em gestão e marketing nunca teve pejo em falar de dinheiro e vendas, dizendo logo de início ter um “fascínio” por farmacêuticos comunitários porque: “São vendedores e eu adora vendas e as missões dos vendedores de encontrarem soluções que ajudem o outro. Sem pejo, são vendedores de balcão, mas muito especiais”.
Mas não foi apenas numa perspetiva mercantilista que foi dada esta masterclass, com a oradora a puxar das várias dimensões do profissional, no qual se incluía a ética e humana, por não ser efetivamente fácil “viver com os objetivos comerciais”. Mas, apesar de tudo, o farmacêutico comunitário continua a ser “o profissional de saúde mais próximo dos doentes, que acode, que socorre e há toda uma dimensão ética neste papel.
Falou ainda sobre as dimensão comercial e empresarial, abordando um “desconforto do farmacêutico em ser vendedor”, mas que a “nobreza” da profissão está mesmo aí, porque é necessária uma “capacidade de relação humana, empatia, saber lidar, ouvir, perguntar e identificar as necessidades do cliente”.
A última masterclass esteve a cargo de Marta Tavares, da OCP, que falou sobre “Gestão de Inventários – Como Impulsionar a Eficiência da sua Farmácia”. Começando pelo final da apresentação, a oradora apresentou o serviço Best Order by OCP, que, relativamente ao tema apresentado para o workshop, “potencia a redução de custos, melhora o serviço ao utente, aumenta a disponibilidade de produto e liberta a farmácia da da gestão de stocks.
Durante o remanescente da apresentação, foram lançadas ideias sobre a gestão de stocks e inventário, como a “eficiência” é essencial para o sucesso de qualquer empresa e quais as boas práticas e desafios da área.
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