Farmacêutica pretende investir 16M€ em produção de canábis medicinal no Alto Alentejo 1882

Uma empresa de capitais canadianos e israelitas prevê investir 16 milhões de euros em Campo Maior, no Alto Alentejo, para explorar a produção de canábis para fins medicinais, revelou o presidente do município, Ricardo Pinheiro.

Segundo declarações do presidente à agência “Lusa”, o projeto da empresa Sababa Portugal vai abranger uma área de quatro hectares e prevê criar 50 postos de trabalho.

«O projeto nasceu há nove meses e a empresa fez testes agrícolas nos terrenos e foram superados», afirma Ricardo Pinheiro à citada fonte, esclarecendo que «já foram realizadas várias reuniões com o Governo e que se aguarda o licenciamento» do INFARMED.

«Estamos a falar de uma transformação agro-industrial, embora o fabrico do medicamento possa não ficar em Campo Maior», reforçou o autarca.

Ricardo Pinheiro sublinhou que esta empresa tem levado a cabo uma «intensa investigação», ao longo dos últimos anos, reunindo já uma «grande experiência» no estudo e aplicação de canábis medicinal.

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base de canábis foi aprovada pelo Parlamento em 15 de junho, na sequência da proposta de projetos de lei do Bloco de Esquerda e do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o Governo aprovou um decreto-lei que «estabelece o quadro legal para a utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia» e que a regulamentação foi baseada numa «análise pormenorizada dos Programas de Canábis Medicinal já existentes em outros Estados-membros da União Europeia», acrescentou a “Lusa”.