Farmacêutico, gerente de farmácia e quatros médicos suspeitos de fraude ao SNS
17 de julho de 2017 Um farmacêutico, um gerente de farmácia e quadro médicos foram constituídos arguidos estando indiciados pela prática de burla qualificada ao Estado, falsificação de documentos agravada e corrupção. Num comunicado, citado pela “Lusa”, a Polícia Judiciária informa que o farmacêutico, de 45 anos, proprietário de duas farmácias, ficou sujeito à obrigação de permanência na habitação, à proibição de contactos com os co-arguidos médicos e à suspensão do exercício da função profissional de farmacêutico. Segundo a nota da PJ, «de acordo com os abundantes elementos probatórios recolhidos, a atividade criminosa consistia num esquema fraudulento de venda fictícia, massiva, com apresentação indevida de receituário para medicamentos com elevado valor de comparticipação pago pelo Estado, revertendo o lucro para os arguidos». Até ao momento e nos últimos cinco anos foi apurado «um valor de fraude ao SNS não inferior a três milhões e quatrocentos mil euros». No âmbito da operação “Vida Activa”, foram realizadas cinco buscas domiciliárias e 15 não domiciliárias em duas farmácias, em Abrantes e em Lisboa, e em seis consultórios médicos em Abrantes, Ourém, Oliveira de Frades e em Coimbra. O inquérito foi conduzido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal do Ministério Público, com a colaboração do Centro de Conferência de Facturas do Ministério da Saúde. |