
A Ordem dos Farmacêuticos (OF) recebeu quatro declarações de exclusão de responsabilidade de farmacêuticos da Unidade Local de Saúde (ULS) Entre Doutro e Vouga por considerarem que não se encontram reunidas as “condições materiais, logísticas, de recursos humanos e de medicamentos” para a “prestação de cuidados e saúde de qualidade e com a necessária segurança”.
A OF refere, no seu portal, que já solicitou ao conselho de administração esclarecimentos sobre as situações denunciadas por estes farmacêuticos, tendo também encaminhado as suas exposições para a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).
O que denunciam os farmacêuticos
Em carta dirigida ao presidente do conselho de administração, os quatro farmacêuticos da ULS Entre o Doutro e Vouga explicam, ainda de acordo com o referido pela OF no seu portal, que “existe uma carência significativa de medicamentos, o que que compromete a capacidade de fornecer os tratamentos solicitados, atempadamente, aos utentes”.
Os farmacêuticos denunciam ainda a insuficiência de recursos humanos disponíveis “para cobrir as necessidades mínimas operacionais, resultando numa sobrecarga de trabalho, acumular de tarefas pendentes e exaustão e desmotivação geral da equipa”.
Neste sentido, alertam que “as condições de trabalho estão no limite de segurança e o desempenho do Ato Farmacêutico está comprometido”.
Posto isto, os signatários declinam qualquer responsabilidade civil ou disciplinar que lhes venha a ser imputada, por incidente ou acidente causado a terceiros, decorrentes das condições de exercício profissional que lhe são proporcionadas onde se regista um funcionamento anormal do serviço, assente em atos ou omissões a que são completamente alheios.