Farmacêuticos da ULS Viseu Dão-Lafões apresentam escusas de responsabilidade 190

Os farmacêuticos hospitalares da Unidade Local de Saúde (ULS) de Viseu Dão-Lafões apresentaram, na segunda-feira, ao conselho de administração demissionário, declarações de exclusão de responsabilidade, “denunciando  o desinvestimento nos Serviços Farmacêuticos e a falta de recursos humanos, de manutenção de equipamentos e infraestruturas o que, de acordo com os signatários, comprometem seriamente a qualidade e a segurança das atividades que desenvolvem”, noticia o portal da Ordem dos Farmacêuticos (OF).

Os farmacêuticos signatários revelam “limitações materiais e de recursos humanos, que se verificam há vários anos nos Serviços Farmacêuticos da ULS e que são do conhecimento do Conselho de Administração, sem que este tenham sido tomadas quaisquer ações para os resolver ou mitigar”, assegurando que não aceitam esta “inércia” dos responsáveis do hospital, que se tem vindo a desresponsabilizar por atos que lhe incumbe praticar.

A OF recebeu as declarações submetidas pelos farmacêuticos e solicitou esclarecimentos ao conselho de administração sobre as atividades desenvolvidas nos Serviços Farmacêuticos hospitalares, tendo o bastonário manifestado “extrema preocupação” com as limitações descritas pelos farmacêuticos, que podem condicionar o bom exercício da profissão e o serviço prestados aos utentes da ULS.

A realidade na ULS Viseu Dão-Lafões é, contudo, como frisou Helder Mota Filipe, citado pelo portal da OF, comum em várias outras unidades do SNS, sublinhando a “situação muito, muito complicada que se vive em muitos serviços farmacêuticos do SNS”.

“Não se consegue tratar doentes sem medicamentos e não se consegue ter acesso aos medicamentos no hospital sem os serviços farmacêuticos, com os farmacêuticos no número adequado, com empenho adequado e a trabalhar com as condições adequadas”, defendeu o responsável da OF.

Ao longo dos últimos dois anos, mais de duas centenas de farmacêuticos de quase 20 unidades de saúde do SNS apresentaram declarações de exclusão de responsabilidade, alegando falta de condições materiais e de recursos humanos para desenvolver a sua atividade com a qualidade e a segurança que o acesso a uma tecnologia de saúde requer, realça a OF.

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