Teve início uma greve, por parte dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde, que abrange a dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade, cujo novo regime foi já publicado em Diário da República. Em nota, a Ordem dos Farmacêuticos refere que o Sindicato dos Farmacêuticos justifica esta paralisação com a falta de recursos humanos e a sobreposição de tarefas para a execução deste serviço, que implica um “acompanhamento à distância e uma dedicação de tempo acrescido”.
O SNF recorda que, durante os anos da pandemia de covid-19, os farmacêuticos hospitalares “responderam afirmativamente à necessidade de aumentar o volume de dispensa em proximidade”, ao implementarem e melhorarem rapidamente circuitos de entrega de medicamentos. “De uma pequena minoria de doentes abrangidos por este serviço em período pré-pandémico, o número cresceu em poucas semanas para dezenas de milhares, situação que se verifica aos dias de hoje”, lê-se ainda.
Mesmo com o serviço de dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade em pequena escala ” já seria necessário a contratação de mais farmacêuticos para assegurar o funcionamento normal dos serviços farmacêuticos”. Assim, era esperado que se “procedesse à contratação de farmacêuticos e à valorização dos mesmos no SNS”, algo que o Sindicato afirma que nunca foi feito.
A greve dos farmacêuticos do SNS tem uma duração indeterminada pelo que, durante este período, os doentes beneficiários do serviço de dispensa em proximidade deverão dirigir-se aos ambulatórios das farmácias dos hospitais onde são seguidos, sendo assegurada a terapêutica a todos os utentes.