Aconteceu na passada quarta-feira à noite o webinar Servier Pharmacy Academy, powered by Farmácia Distribuição. Sob o mote “Jornadas de Casos Práticos no Risco Cardiovascular – A tríade: Farmacêutico, Doente e Médico de Família”, foram discutidas várias questões relativamente a um caso prático imaginado ao qual foram registadas cerca de 800 respostas. Estas foram então apresentas e analisadas.
A sessão, que contou com 444 participantes, teve a moderação de Dr. João Padilla e Dra. Gabriela Moura Plácido (ambos farmacêuticos), que estiveram à conversa com a Dr.ª Ana Correia de Oliveira (Médica de Medicina Geral e Familiar) e António Conceição (Presidente da Associação Portugal AVC e sobrevivente de AVC).
Na primeira intervenção de Gabriela Moura Plácido foi desde logo esclarecida a importância de a comunicação entre farmacêuticos e doentes ter de estar “alinhada com as expectativas”, visto que estes profissionais estão “muitas vezes antes e depois do médico”, sendo importante perceber de que forma podem contribuir ainda mais.
Gabriela Moura Plácido destacou ainda a importância da “clarificação do que que é um rastreio e o que se pode fazer na farmácia com esses dados”, visto que o objetivo a “ter em mente é detetar precocemente as doenças, evitando mortes e custos para a sociedade”.
A importância deste tipo de relação entre doentes e farmacêuticos a este nível foi relevado ainda mais com o testemunho de António Conceição, que sofreu um AVC aos 41 anos e “apenas na medicina do trabalho havia um alerta sobre o colesterol, mas não eram valores estratosféricos”.
Sobre as respostas dos farmacêuticos, a médica Ana Correia de Oliveira disse concordar na generalidade, acrescentando ainda que pode ser importante olhar para os vários tipos de colesterol, entre outros indicadores, como também o “peso e o perímetro abdominal de forma a se entender a gordura visceral”. “Os antecedentes também são importantíssimos, quer os pessoais, quer os familiares”.
Além da análise do caso clínico, ficou no ar a importância da comunicação com o utente e entre os profissionais de saúde, havendo necessidade de “concretizar informação, clara, assertiva e orientada para a pessoa em concreto”, referiu João Padilla.
A referenciação bem feita e a necessidade de se avaliar os valores obtidos e a necessidade de serem “credíveis” e de reflexão, segundo Gabriela Moura Plácido, são também extremamente importantes”.
O webinar ficou assim marcado por uma discussão e troca de ideias bastante interessante sobre o Risco Cardiovascular, ficando claro que há conhecimento, mas é necessário melhorar a sua comunicação.