Farmacêuticos entre as vítimas mortais do Ébola 473

Farmacêuticos entre as vítimas mortais do Ébola

13 de Agosto de 2014

Profissionais na área da Farmácia Comunitária estão entre as vítimas mortais dos profissionais de saúde na Serra Leoa, apesar dos números relatados variarem.

Uma fonte que se encontra no terreno revelou à Federação Internacional Farmacêutica (FIP) que um farmacêutico e quatro técnicos de farmácia faleceram. Um outro relatório, do Conselho de Farmácia da Serra Leoa indicou que se verificou um caso fatal, nomeadamente de um técnico de farmácia que exercia numa farmácia comunitária situada em Kenema, um dos epicentros da doença.

De acordo com a FIP, as farmácias da Libéria têm sido inundadas por pessoas que querem adquirir medicamentos essenciais após o aparecimento do segundo surto do vírus. Muitos indivíduos recusam-se a dirigir-se a hospitais e clínicas porque muitos profissionais de saúde ficaram infetados. Os farmacêuticos de países afetados e vizinhos estão-se a preparar para a propagação do Ébola. A Sociedade Farmacêutica do Gana avisou os farmacêuticos para estarem alerta sobre os sintomas e o ministro da Saúde da Serra Leoa, em conjunto com o Conselho de Farmácia e a Sociedade Farmacêutica do país, realizou um encontro de sensibilização.

Os programas de formação baseados nas guidelines da OMS estão a ser conduzidos na Serra Leoa. No entanto, foi divulgado à FIP que alguns estabelecimentos farmacêuticos onde os profissionais foram afetados pelo surto encerraram.

Um porta-voz do Conselho de Farmácia da Serra Leoa disse que estão a ser realizadas atividades de educação dirigidas aos profissionais sobre medidas de prevenção, identificação e encaminhamento imediato de casos suspeitos. Estão a decorrer igualmente campanhas públicas sobre a utilização adequada de desinfetantes.

«Os farmacêuticos, como primeiro ponto de atendimento para muitas pessoas, têm um importante papel a desempenhar, não apenas a nível de vigilância mas a uma escala maior, seja em termos de sensibilização, conhecimento e apoio aos viajantes», comentou Luc Besançon, CEO e secretário geral da FIP.