Farmacêuticos hospitalares continuam a enfrentar desafios no acesso a processos clínicos eletrónicos 129

Um estudo que teve com objetivo caracterizar o acesso dos farmacêuticos hospitalares portugueses aos processos clínicos eletrónicos (PCE) revelou “uma preocupante heterogeneidade no nível de acesso e nas permissões concedidas, evidenciando barreiras significativas que limitam o pleno aproveitamento dos PCE na prática clínica farmacêutica”, declarou a Sociedade Portuguesa de Farmacêuticos dos Cuidados de Saúde (SPFCS).

Para poderem prestar cuidados ao doente com o objetivo de otimizar a terapêutica farmacológica, promovendo a segurança e o bem-estar dos pacientes, os farmacêuticos precisam de acesso a informações cruciais nos PCE, como diagnósticos, histórico clínico e de medicação, e resultados de exames laboratoriais.

O estudo, da responsabilidade da SPFCS, em colaboração com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, sob a coordenação de Fernando Fernandez-Llimos, identificou, contudo, que, “apesar de existirem condições técnicas em muitas unidades de saúde, em diversos casos faltam autorizações formais por parte dos conselhos de administração, criando disparidades entre as instituições”, especifica a SPFCS, no seu site.

Entre os fatores que contribuem para estas discrepâncias estão dificuldades técnicas nos sistemas de informação e a ausência de uma cultura organizacional que apoie plenamente o papel dos farmacêuticos no contexto assistencial.

“Embora tenhamos observado alguns avanços após as intervenções dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) em parceria com a Ordem dos Farmacêuticos em junho de 2022, os desafios estruturais persistem. Ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que os farmacêuticos hospitalares tenham acesso uniforme aos PCE, o que é crucial para a prestação de cuidados farmacêuticos eficientes e seguros”, afirma Fernando Fernandez-Llimos, citado pelo site.

Para mais informações, consulte o estudo.