O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) defende que a presença de farmacêuticos nas enfermarias, a apoiar doentes internados, pode reduzir o desperdício de fármacos, resultando num impacto financeiro para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Existe evidência abundante sobre o impacto que isso tem, por exemplo, em termos financeiros, na poupança que pode trazer (…) em desperdício de fármacos”, afirmou Xavier Barreto à Lusa, considerando que “não existe nenhuma razão para que isso não aconteça no nosso sistema de saúde”.
O responsável explicou que, nalguns países, já é uma prática comum a presença de farmacêuticos nas enfermarias, além dos médicos, enfermeiros, assistentes sociais e nutricionistas.
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“Para além de termos o médico, enfermeiro, assistente social, nutricionista, que são profissionais que já estão na enfermaria a prestar cuidados aos doentes, faria todo o sentido – e está a acontecer noutros sistemas de saúde – termos o farmacêutico para fazer conciliação terapêutica, para ajustar doses”, defendeu.
“Não existe nenhuma razão para que isso não aconteça no nosso sistema de saúde e nós queremos que a tutela atente nesta questão e que reforce os serviços farmacêuticos”, acrescentou.
Sublinha que o farmacêutico tem “uma intervenção fundamental na conciliação terapêutica”, explicando, por exemplo, que numa consulta farmacêutica pode esclarecer os medicamentos que o doente está a tomar, como os deve tomar e em que doses e como os deve conciliar com os diferentes fármacos que esteja a tomar.