Farmacêuticos parceiros no combate às doenças não transmissíveis 1392

A Federação Internacional Farmacêutica (FIP) divulgou o relatório “Superando as doenças não transmissíveis na comunidade: A contribuição dos farmacêuticos”, em que ressalta o envolvimento destes profissionais na prevenção, diagnóstico precoce e gestão de doenças não transmissíveis.

O trabalho teve a coordenação da farmacêutica portuguesa Isabel Jacinto, e expôs iniciativas desenvolvidas em 15 países, entre os quais Portugal, detalhando ações realizadas pelas farmácias no âmbito da prevenção da doença, gestão da terapêutica, formação, uso das novas tecnologias e cooperação multidisciplinar. O relatório produzido pela FIP apresenta provas da intervenção dos farmacêuticos na luta contra as doenças não transmissíveis, como a diabetes, doenças cardiovasculares, asma e cancro, é avançado numa notícia no site da Ordem dos Farmacêuticos.

O Grupo de Trabalho que produziu este relatório, com base nas informações possibilitadas pelas organizações membros, chegou à conclusão de que a interação regular dos farmacêuticos com os doentes pode contribuir para a prevenção das doenças não transmissíveis, mas também para o uso responsável de medicamentos e a adesão à terapêutica, contribuindo para obter melhores resultados de saúde.

A elevada acessibilidade aos serviços disponibilizados pelos farmacêuticos comunitários coloca-os numa posição vantajosa para diminuir o impacto das doenças não transmissíveis, pela sua capacidade de alertar para a prevenção, o diagnóstico precoce e conceder aconselhamento especializado.

Os autores deste trabalho acreditam que os farmacêuticos podem desempenhar um papel ainda mais ativos no que concerne às doenças não transmissíveis, ao alinharem estratégias de intervenção com outros profissionais de saúde.

«A gestão de doenças não transmissíveis exige novas respostas, soluções inovadoras e criativas, muitas das quais poderiam ser disponibilizadas por farmacêuticos», mencionou a coordenadora do grupo de trabalho, que destaca também que a falta de contacto com farmacêuticos em alguns países agrava o estado de saúde das pessoas com doenças não transmissíveis, motivo pelo qual este relatório solicita aos governos que tomem medidas para aumentar o número de farmacêuticos qualificados.

O grupo de trabalho também pede que a contribuição dos farmacêuticos para a prevenção destas doenças seja reconhecida e adequadamente remunerada: «este relatório fornece evidência global para defender, nacional e internacionalmente, uma função ampliada para os farmacêuticos na gestão da doença», adverte Isabel Jacinto.

Consulte aqui o relatório “Beating non-communicable diseases in the community: The contribution of pharmacists”.