Farmacêuticos querem fazer parte do Conselho de Ética para as Ciências da Vida
31 de julho de 2014
A Ordem dos Farmacêuticos solicitou à Assembleia da República a integração de um farmacêutico na composição do próximo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), tendo em conta as valências e responsabilidades destes profissionais.
Numa carta dirigida à presidente da Assembleia da República, com conhecimento dos grupos parlamentares, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos lamenta que na composição do CNECV não conste um farmacêutico.
«Tal lacuna torna-se ainda mais incompreensível na medida em que o CNECV integra na sua composição membros designados pelas Ordens dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Biólogos e dos Advogados – profissões que é certo lidam direta e diariamente com questões éticas, morais, técnicas e científicas relativas às ciências da vida».
Estas profissões, na opinião do bastonário, não lidam com estas questões «em maior grau do que os farmacêuticos, que igualmente se deparam no seu dia-a-dia com questões desta natureza, sendo aliás muitas vezes a primeira linha de intervenção no contacto direto com os cidadãos».
Segundo a “Lusa”, Carlos Maurício Barbosa considera que, perante «as valências e responsabilidades que diariamente são asseguradas por milhares de farmacêuticos, em particular no âmbito da farmácia comunitária, da farmácia hospitalar e das análises clínicas», é «essencial passar a incluir um membro designado pela Ordem dos Farmacêuticos no CNECV, sob pena de a sua composição não ser verdadeiramente transdisciplinar e representativa das várias ciências da saúde».