Farmacêuticos querem modelos de carreiras mais estratificados e diversificados 562

Farmacêuticos querem modelos de carreiras mais estratificados e diversificados

 


01 de junho de 2017

Desenvolver modelos de carreiras, explorar novos nichos de clientes e aumentar a colaboração com outros stakeholders, foram algumas das propostas que resultaram do encontro que reuniu 630 farmacêuticos para refletirem sobre o futuro das farmácias comunitárias em Portugal.

Na sequência do evento, organizado pela Rede Claro e pela Health Porto, surgiram 9 diretrizes relativas à estratégia comercial das farmácias, ao seu posicionamento no setor e à sua atuação junto dos utentes.

Em relação aos modelos de carreiras, conclui-se ser necessário desenvolver modelos «mais estratificados, diversificados e aliciantes para os farmacêuticos». A solução poderá passar pela criação de «equipas maiores, com funções mais especializadas e maior rotação ou mobilidade», lê-se no documento enviado pela organização.

No entender dos farmacêuticos «as farmácias não fomentam o trabalho em equipa, nem apresentam esquipas aos seus utentes de forma diferenciada». Durante o evento, concluiu-se que «seria importante distinguir e diferenciar as funções dentro da farmácia, para fomentar a colaboração e a perceção de que as farmácias têm equipas ao dispor do utente».

Explorar novos nichos de clientes, esta foi outra necessidade apontada pelos farmacêuticos, que consideram que os novos nichos poderão ser pessoas individuais, mas também empresariais.

«As farmácias precisam de aprender a vender confiança, conhecimento e serviços, e não apenas produtos», concluíram os farmacêuticos, explicando que existem muitas oportunidades para o fazerem, nomeadamente através do aconselhamento na compra de tecnologias de saúde.

Ainda no âmbito das tecnologias, foi também apontado que os farmacêuticos devem ser capazes de «integrar a tecnologia como ferramenta de comodidade e rentabilidade».

Durante o Pitch Parade, as farmácias concluíram que «não existe colaboração com os outros stakeholders do setor». Reconheceu-se que «os farmacêuticos não falam com os médicos nem com os laboratórios e parceiros tecnológicos para simplificar a vida do utente». Ficou assente que «o farmacêutico deverá ser um profissional capaz de estabelecer não só uma relação de confiança com o utente, mas também com os restantes profissionais de saúde».