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Farmácia do hospital de Loures continua aberta e com bons resultados

02 de Julho de 2015

A farmácia do hospital Beatriz Ângelo, em Loures, que abriu ao público em abril de 2014, continua aberta e está a funcionar com bons resultados, ao contrário do que aconteceu com as seis farmácias semelhantes que arrancaram no tempo do anterior Governo e foram à falência.

 

Esta farmácia, ao contrário das outras seis, que estipularam rendas fixas e percentagens sobre a faturação elevadíssimas e por isso não conseguiram sobreviver, «tem cumprido sempre as suas obrigações» e «a sua exploração está equilibrada», sublinhou a responsável Eunice Barata, em entrevista ao “Público”, sem revelar, porém, quanto é que esta paga de renda fixa e variável ao hospital.

A comparação com as outras seis tem que ser feita com cuidado. Além de ter começado a funcionar numa época completamente diferente das outras, já em clima de austeridade e contenção de custos, esta farmácia abriu ao público em circunstâncias muito diversas. No concurso público para a concessão da sua exploração, era proposto «um teto máximo» sobre as rendas a pagar e «os concorrentes colaram-se ao mínimo», admitiu ao “Público” uma fonte ligada ao processo.

 

Por exemplo, a percentagem sobre a faturação proposta começava nos 3,5%, um valor substancialmente inferior ao negociado pelas outras farmácias, admitiu, sem querer também adiantar qual é o montante da renda fixa anual que é pago ao hospital, mas reconhecendo que fica «significativamente abaixo das outras». «É o valor que paga qualquer loja comercial», afirmou.

 

Para Eunice Barata, o importante é salientar que esta é uma farmácia com «vantagens económicas para o Estado, que recebe uma parcela da sua faturação, e para o utente, que beneficia da comodidade» de ter um estabelecimento destes no hospital. «Provamos assim que o modelo de farmácia de atendimento ao público, dentro de um hospital, é um modelo economicamente viável», concluiu.