O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) anunciou que esta semana vai começar a entregar, de forma gratuita, medicação ao domicílio, no âmbito do plano de contingência para a covid-19.
O CHULN indica que esta entrega de medicamentos ao domicílio faz parte de um conjunto de medidas tomadas para minimizar o risco associado à deslocação dos doentes para levantamento de medicação na farmácia do Hospital de Santa Maria, “que atende cerca 500 doentes/dia”.
Este serviço de entregas de medicamentos ao domicílio vai abranger “doentes de praticamente todo o país e é totalmente gratuito”, e estará disponível para “o maior número possível de doentes e de patologias”, com serviços de entrega e transporte de medicamentos certificados.
“O CHULN quer assegurar que este serviço é realizado por entidades de transporte profissionalizadas e credenciadas para o efeito, esperando-se por isso um serviço eficiente e com qualidade”, indica.
Além disso, irá haver “cedência de medicação para períodos mais longos, nomeadamente dos habituais 30 para 60 dias, de acordo com as características do doente, patologia e enquadramento social”, sublinha o CHULN.
Para que esta cedência seja mais rápida, o Centro Hospitalar vai recorrer a receitas assinadas digitalmente pelos médicos prescritores (assinatura digital em documento PDF). Contudo, se entretanto entrar em vigor “uma norma extraordinária que permita o pedido de dispensa de medicação através da apresentação de receita via email, os serviços farmacêuticos adotarão essa medida sem reservas”.
Para o CHULN é necessário encontrar formas de validar as receitas recebidas por via eletrónica, dadas as dificuldades de os médicos assistentes utilizarem prescrições em papel, uma vez que o recurso à teleconsulta é uma opção em crescendo.
Esta medida não é nova. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, já tinha anunciado que os doentes crónicos que necessitassem de medicamentos que são disponibilizados pelos hospitais iam passar a receber os fármacos em casa, devido às restrições de acesso aos estabelecimentos de saúde impostos surto de covid-19.