Farmácias com pico de procura e disponibilidade para realizar testes gratuitos à covid-19 658

A presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Ema Paulino, revelou esta quarta-feira que as farmácias tiveram na passada segunda-feira um pico de procura de testes à covid-19, dizendo ainda que existe disponibilidade para que se voltem a realizar despistes à população de forma gratuita, visto que os testes rápidos antigénio (TRAg) realizados em farmácias e laboratórios deixaram de ser gratuitos a partir de maio, como anunciado pelo Ministério da Saúde no final do passado mês de abril. Isto porque havia uma “evolução positiva da situação epidemiológica de covid-19 em Portugal e a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, como referiu na altura o Governo.

Ema Paulino explicou à Lusa que na primeira semana após o fim da comparticipação “houve uma diminuição na ordem dos 60% do número de testes efetuados nas farmácias”. Diz a responsável que a média era de “25 mil, podendo chegar aos 30 mil dependente do dia da semana”. “Passámos a ter nove mil testes diários na primeira semana de maio”, acrescentou.

Contudo, e com o aumento do número de casos de infeção por covid-19 em Portugal, o número aumentou na passada semana, tendo acontecido um “pico de testes realizados na segunda-feira [16 de maio] que chegou aos 15 mil”.

No mesmo sentido, a presidente da Associação Nacional de Farmácias acrescentou ainda à Lusa: “A perceção e os relatos que vamos tendo é que a positividade é grande, porque são as pessoas que já apresentam sintomas que mais se dirigem às farmácias para efetuar o teste”.

E, garante a farmacêutica, há “disponibilidade” para se voltar ao modelo de testagem gratuita nas farmácias, sendo que esta já foi manifestada e, referindo ainda Ema Paulino, uma das hipóteses é fazer o teste “às pessoas que vêm já com essa referenciação do seu médico quer da linha SNS 24”.

“Ainda não temos resposta final se será uma solução a avançar ou não”, disse ainda.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde disponibilizados à Lusa, os cerca de 8,1 milhões de testes gratuitos, feitos ao abrigo deste regime excecional que terminou no último dia de abril, representaram uma comparticipação de mais de 118 milhões de euros.