Farmácias e farmacêuticos prontos a ajudar o SNS 1823

Tanto a Ordem dos Farmacêuticos (OF) como a Associação Nacional das Farmácias (ANF) vieram esta sexta-feira, dia 20 de novembro, reiterar a sua disponibilidade para colaborar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) na deteção rápida da covid-19. Ambas as estruturas emitiram hoje comunicados, esclarecendo a sua posição em face da recente polémica em torno dos testes rápidos para a covid-19.

 

Farmacêuticos habilitados

A Ordem dos Farmacêuticos, através de nota divulgada, começa por lembrar que nos termos da Circular Conjunta n.º 005/CD/100, de 13 de novembro, sobre a operacionalização da utilização dos testes rápidos de antigénio, a Direção-Geral da Saúde, o Infarmed e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge esclarecem que estes testes devem ser realizados por “profissionais de saúde com experiência e competência para a colheita da amostra biológica”, de acordo com o Manual de Boas Práticas Laboratoriais.

Tendo em conta esta Circular, a OF esclarece que os farmacêuticos preenchem as condições definidas, estão legalmente habilitados para realizar testes rápidos nas farmácias para rastreio de outras infeções, como o VIH/sida, hepatite B e hepatite C, e, como tal, estão também habilitados a realizar os testes de detenção rápida da covid-19.

A Bastonária Ana Paula Martins avança que “é importante generalizarmos o acesso a estes testes rápidos. Com prudência e rigor, mas de forma massiva, para que os portugueses se sintam mais seguros e confiantes”.

Para isso, a OF “solicita também a intervenção da Comissão Europeia para que impulsione os Governos nacionais a adotarem estratégias de testagem em massa, envolvendo e reconhecendo o contributo dos farmacêuticos – nas farmácias e laboratórios de proximidade – para o aumento dos rastreios por testagem, e assim preservar a saúde dos portugueses, quebrar cadeias de transmissão e proteger a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde”. E concluí: “os farmacêuticos estão disponíveis para ajudar o Governo a salvar o Natal”, conclui.

 

Farmácias aptas

Também a Associação Nacional das Farmácias emitiu um comunicado a insistir na disponibilidade da rede de farmácias para colaborar com o SNS na detenção rápida da covid-19.

“As farmácias, enquanto rede de saúde pública que abrange todo o País, assumem a sua obrigação de contribuir para este objetivo nacional. Todos os serviços de saúde habilitados devem ajudar a detetar e a interromper o mais cedo possível as cadeias de transmissão”, afirma Duarte Santos, membro da Direção da ANF.

A ANF informa que desde o início da pandemia que os portugueses procuram os seus farmacêuticos comunitários para fazerem testes rápidos à covid-19, tal como já fazem testes rápidos orientadores para o diagnóstico a doenças como o HIV-sida e hepatites, pois reúnem todas as competências técnicas para a realização segura deste serviço.

“A Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2 veio reconhecer a importância dos Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) na redução e controlo da pandemia, recurso adotado maciçamente noutros países”, sublinham.

A Associação das Farmácias acrescenta ainda que as farmácias comunicam os resultados positivos dos testes rápidos de antigénio realizados ao médico prescritor e à linha Saúde 24, assim como os sistemas informáticos das farmácias estão preparados para partilhar dados com o SNS, como acontece no registo da vacina