Farmácias hospitalares no Alentejo podem deixar de produzir medicamentos para quimoterapia 1059

A Ordem dos Farmacêuticos alertou para a possibilidade de alguns serviços farmacêuticos dos hospitais no Alentejo, poderem deixar de produzir medicamentos para quimioterapia, devido à falta de recursos.

“Em quase todo o Alentejo, como os casos de Elvas, Portalegre e Beja há situações muito difíceis há muito tempo. Com o aproximar das férias do verão, com situações de baixa por doença e de parentalidade que não são substituídas, estamos à beira ter de deixar de produzir quimioterapia. Se acontecer em Elvas, por exemplo, os doentes têm de receber quimioterapia noutro hospital, o que implicará terem de fazer muitos quilómetros”, afirmou a bastonária Ana Paula Martins, em declarações à agência Lusa.

A bastonária lamenta a falta de planeamento de recursos humanos no Serviço Nacional de Saúde e afirma que continua a haver casos em que não há substituição de trabalhadores em licenças quando recentemente foi publicado um diploma que pretendia agilizar estas situações, dispensando autorização do Ministério das Finanças.

Outro dos exemplos dados pela bastonária é a dispensa de medicamentos em regime de ambulatório por parte das farmácias hospitalares, pois há farmácias hospitalares que têm de fechar às 16:00 por falta de recursos humanos.

Ana Paula Martins aproveitou para referir que a carreira dos farmacêuticos continua a não estar regulamentada, apesar de ter sido criada, o que faz com que os hospitais ou não possam contratar profissionais ou o façam à margem da lei, fora do enquadramento da carreira específica.