A Food and Drug Administration (FDA), autoridade do medicamento norte-americana, aprovou o primeiro medicamento contra o Alzheimer nos últimos 20 anos, apesar dos conselheiros independentes terem alertado que o fármaco não ajuda a retardar a doença.
O medicamento foi desenvolvido pela Biogen em parceria com a japonesa Eisai Co, e apesar de não reverter a doença, retarda os seus efeitos.
Denominado por “aducanumab” tem por objetivo ajudar a eliminar do cérebro os aglomerados nocivos de beta-amilóide, efeito já possível através de outros medicamentos que, no entanto, não apontam melhoras ao nível da independência dos doentes.
Apesar da FDA ter aprovado o medicamento, e tendo em conta o parecer negativo de alguns especialistas, exigiu à Biogen que esta elabore um estudo que confirme os benefícios do medicamento para os pacientes. Se o estudo não confirmar a eficácia do tratamento, a FDA poderá retirá-lo do mercado.
O novo fármaco é produzido através de células vivas que deverão ser administradas por infusão num consultório médico ou hospital, a cada quatro semanas. O efeito secundário mais comum foi inflamação no cérebro, que na maioria dos casos não causou sintomas ou problemas duradouros.
Apesar de ainda não ser conhecido o preço do fármaco, estima-se que poderá custar entre 24,5 mil euros e quase 41 mil euros, por ano de tratamento.