FIFA e OMS lançam campanha sobre o risco de concussões 103

A FIFA e a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram uma campanha global de sensibilização para a concussão, que visa alertar e consciencializar para o risco que representa a lesão cerebral traumática nos jogadores, foi hoje anunciado.

“A concussão é uma lesão cerebral e deve ser sempre levada a sério. Jogar futebol deveria ser algo desfrutado em segurança, por todos, em todo o lado”, afirma o presidente da FIFA, Gianni Infantino, citado pela Lusa, acrescentando que “ao conhecer os sinais de uma concussão, estar ciente dos riscos e tratar uma concussão corretamente, pode ajudar a colocar a segurança do jogador em primeiro lugar”.

A campanha Suspeitar e Proteger irá abordar aspetos fundamentais, relacionados com os riscos de concussão, como o conhecimento dos seus sinais e sintomas e a proteção do jogador, para que não corra riscos desnecessários.

Desenvolvida através de consultas com especialistas em saúde cerebral da FIFA Medical e da OMS, a campanha pretende aumentar o conhecimento de sinais e sintomas ( que podem demorar até 72 horas a aparecer) entre jogadores, treinadores e equipa médica, bem como o público em geral.

“Estes recursos personalizados são concebidos para capacitar as partes interessadas das seleções nacionais, clubes e ligas profissionais e comunidades de base e amadoras”, refere a FIFA num comunicado divulgado nos seus canais informativos.

A campanha Suspeitar e Proteger está a ser desenvolvida a nível global através dos canais da FIFA, que já está a distribuir kits de ferramentas às suas 211 associações membro, para que as distribuam a nível nacional, regional e local.

Qualquer pessoa que sofra um impacto direto ou indireto na cabeça, face, pescoço ou corpo deve ser avaliada quanto a sintomas de concussão.

Os sintomas incluem dor de cabeça ou sensação de pressão, náuseas ou vómitos, problemas de equilíbrio, tonturas ou instabilidade nos pés, visão distorcida/embaciada ou dupla, sensibilidade à luz e/ou ruído, problemas de memória (dificuldade em recordar o evento traumático e/ou eventos antes ou depois), sentir-se sonolento, confuso ou incapaz de se concentrar e problemas de sono.