FMUC procura voluntários para investigação sobre doença rara 641

FMUC procura voluntários para investigação sobre doença rara

07 de Maio de 2015

A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), que está a investigar o funcionamento do cérebro em doentes afetados por neurofibromatose, uma doença genética rara que causa tumores externos, procura voluntários com aquela patologia para testes científicos.

Os testes, a cargo do Laboratório de Neurociências da Visão do IBILI (Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida) em colaboração com Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), ambos da FMUC, são considerados fundamentais pelos promotores «para os cientistas encontrarem respostas para tantas perguntas», lê-se num documento a que a agência “Lusa” teve ontem acesso.

A investigação tem como objetivo «conhecer as causas e os mecanismos cerebrais que podem estar alterados» na neurofibromatose de tipo 1 (NF1), uma patologia genética, geralmente benigna – em que a formação de pequenos tumores externos devido ao crescimento anormal do tecido nervoso ocorre pela redução de uma proteína utilizada pelo corpo humano precisamente para evitar o surgimento de tumores – mas que pode provocar perdas de visão.

Os especialistas explicam que a investigação passa por «um estudo observacional», sem alteração das rotinas diárias ou tratamentos habituais dos doentes, «aprovado pela Comissão de Ética Independente da FMUC de modo a garantir a proteção dos direitos, segurança e bem-estar de todos os participantes», homens e mulheres maiores de 18 anos.

Inclui a realização de uma ressonância magnética, um eletroencefalograma e uma estimulação magnética transcraniana – através de um aparelho posicionado no couro cabeludo, que gera um campo magnético e suscita respostas motoras – técnica que os investigadores garantem ser indolor e não evasiva.

«Os dados que serão recolhidos irão contribuir para uma melhor informação dos investigadores e dos médicos de forma a melhorar a compreensão existente sobre a NF1 e possibilitar o desenvolvimento de novas terapêuticas», sustenta.