Tendo em conta o momento de pandemia em que vivemos, e face aos números divulgados nos últimos dias, sobre o aumento exponencial do número de mortes em Portugal, a Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS) apresentou três propostas para reforçar e expandir o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Estas medidas têm como intuito que o SNS consiga responder aos doentes não-covid, que se firam face ao número alarmante de consultas, exames e tratamentos que deixaram de ser feitos.
Em primeiro lugar, a FNS sugere que os estabelecimentos integrados no SNA utilizem as requisições de prescrição de Meios Complementares de Diagnóstico (MCDT) para as entidades convencionadas com o SNS.
Em seguida, pedem o lançamento de novas convenções, através de um rápido procedimento de adesão para consultas e técnicas de especialidade a que poderiam aderir todas as unidades de saúde licenciadas para cada uma das valências, bem como todos os médicos com consultório privado e inscritos no respetivo Colégio da Ordem dos Médicos.
Para terminar, pedem que se permita que os MCDT cuja necessidade resultem dessas consultas, possam ser encaminhados para o Setor convencionado, nos mesmos termos em que o são as requisições dos médicos de família da rede pública de cuidados de saúde primários.
No documento enviado, a FNS recorda que o setor convencionado com o SNS, tem mais de 4.000 postos de atendimento e constitui uma rede de proximidade que coloca a quase totalidade da população portuguesa a menos de meia hora de distância dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (análises clínicas, medicina física e reabilitação, radiologia, cardiologia, hemodiálise, gastrenterologia, medicina nuclear, etc.), e que esta rede de convencionados produz para o SNS mais de 300.000 atos por dia, mais de 100 milhões de atos por ano, dando resposta a cerca de 60.000 requisições médicas ao dia, mais de 20 milhões de requisições por ano, o que representa mais de 90% da produção total do SNS, em ambulatório.