31 de Julho de 2015 Faltam camas nos cuidados paliativos e há poucas equipas de cuidados ao domicílio, revelou a presidente da Associação de Administradores Hospitalares (AAH), que defende a necessidade de rever com urgência a política de cuidados paliativos no país.
«Neste momento há uma tendência de hospitalização da morte: há falta de camas de cuidados paliativos, há poucas equipas de cuidados ao domicílio e não temos profissionais suficientes para fazer este apoio», alertou Marta Temido ao jornal “SOL”.
As estimativas feitas por investigadores portugueses do King’s College de Londres e do Centro de Estudos de Investigação da Universidade de Coimbra, financiados pela Fundação Gulbekian, revelam que dentro de 15 anos três em cada quatro pessoas no país morrerão nos hospitais. Hoje já 64% terminam os seus dias nas unidades de saúde.
«A longo prazo está em risco a própria sustentabilidade do sistema de saúde», alerta a autora principal do estudo Vera Paiva Sarmento, lembrando que Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo e que neste momento a ação do Governo tem estado centrada em camas nas unidades de cuidados paliativos, que são claramente insuficientes para as necessidades: «Deve haver uma aposta concertada nos cuidados paliativos na comunidade».
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