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Frascos com vírus da varíola encontrados num frigorífico nos Estados Unidos

10 de julho de 2014

Uma caixa com frascos contendo o vírus da varíola foram encontrados num frigorífico do Instituto Nacional de Saúde (NIH), agência governamental do departamento de Saúde norte-americano, com sede em Maryland, anunciou a revista “Nature”.

O organismo do governo dos Estados Unidos acredita que os frascos, com o rótulo “varíola” detendo o vírus que causa a varíola, remontam à década de 1950.

O frigorífico pertence ao Food and Drug Administration, um órgão governamental responsável pelo controle dos alimentos (suplementos alimentares, medicamentos tanto humano como animal), que realiza pesquisa na sede do NIH, em Bethesda (Maryland) desde 1972, referiu o NIH.

Desde que foi declarada a sua erradicação, em 1980, a varíola existe oficialmente em apenas dois lugares: no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a agência do Departamento de Saúde norte-americana, em Atlanta, nos Estados Unidos, e no Centro de pesquisa do Estado de virologia e Biotecnologia “Vetor”, Koltsovo, na região de Novosibirsk, na Rússia.

Mas especialistas admitem a hipótese de existência de inúmeros repositórios no mundo, seja em laboratórios clandestinos ou conservados em tecido humano, tais como as crostas utilizadas para imunização contra a varíola no século XX.

Anteriormente, a NIH assegurou que não houve nenhum vazamento do vírus e que não havia perigo para os empregados que tinham encontrado os frascos.

O NIH assegurou ainda que, em breve, vai realizar uma investigação abrangente em todos os espaços do seu laboratório, visando apurar a existência de outros reservatórios com o vírus que, só no século XX, matou 500 milhões de pessoas.

Em declarações à revista “Nature”, o virologista Inger Damon do CDC considerou que a descoberta confirma a «preocupação que as pessoas têm tido: a da possibilidade de existência de repositórios não revelados noutras partes do mundo».

O CDC está a examinar se o vírus ainda pode ser infecioso e deverá divulgar os resultados da análise dentro de duas semanas, disse Inger Damon, citado pela “Lusa”.