Fundações Rainha Sofia e Champaulimaud reforçam parceria na investigação 25 de Fevereiro de 2015 As fundações Rainha Sofia, de Espanha, e Champalimaud, de Portugal, lançaram ontem, em Lisboa, as bases de uma cooperação mais estreita na luta contra as doenças neuro-degenerativas, nomeadamente Parkinson e Alzheimer. A visita, durante a manhã de ontem à Fundação Champalimaud, da Rainha Sofia de Espanha, marcou o reforço da cooperação entre as duas instituições científicas, que têm já uma parceria na investigação da doença de Parkinson. A Rainha Sofia, que visitou detalhadamente as instalações com a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, fez-se acompanhar, na deslocação a Lisboa, de um grupo de cientistas. Os investigadores irão reunir-se com cientistas da Fundação Champalimaud para desenvolverem programas de investigação conjuntos e simpósios científicos internacionais, a realizar em Lisboa e Madrid. No final da visita, em declarações aos jornalistas, Leonor Beleza destacou o papel da Fundação Rainha Sofia na investigação das doenças neuro-degenerativas, sublinhando o papel da instituição, criada em 1977, na luta contra o Alzheimer. Leonor Beleza adiantou que a fundação Rainha Sofia trata e acolhe doentes de Alzheimer e faz também investigação para detetar os sinais precoces da doença. «Eles têm projetos pioneiros nessas áreas e interesse em colaborar, eles com aspetos mais clínicos e com maior experiencia com doentes, nós com mais investigação básica na área das doenças neuro-degenerativas, que é relevante para saber como é que essas doenças aparecem e se desenvolvem», disse Leonor Beleza. O reforço da cooperação entre as duas instituições – que têm já a funcionar um projeto de investigação conjunta na investigação da doença de Parkinson – poderá incluir o intercâmbio de cientistas entre os dois centros, bem como a realização de encontros regulares. «Esta visita significa para os cientistas uma possibilidade de se encontrarem e estabelecerem projetos comuns de interesse», adiantou Leonor Beleza, considerando que as duas instituições têm tudo a ganhar em trabalharem juntas. «Instituições que têm recursos humanos e técnicos relativamente raros e difíceis de juntar podem produzir muito mais trabalhando em conjunto», disse, citada pela “Lusa”. A Rainha Sofia, que chegou segunda-feira a Lisboa, iniciou a visita com um encontro com Leonor Beleza, tendo visitado de seguida o centro clínico e o laboratório de neurociência da Fundação Champalimaud. Ao final da manhã manteve um breve encontro com cientistas e médicos espanhóis que trabalham na fundação portuguesa. Durante a tarde, cientistas das duas fundações realizam um encontro científico para estabelecer um programa de ação conjunto. |