Futuro passa por “fortalecer a nossa capacidade de produção de medicamentos e terapias avançadas” 197

“Precisamos de soluções que combinem inovação com eficiência e que permitam, simultaneamente, responder às necessidades de uma população envelhecida sem comprometer a sustentabilidade dos recursos disponíveis”, afirmou a Secretária de Estado e da Saúde, Ana Povo, no encerramento do Congresso 2024 da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) que decorreu, ontem (24), no Capitólio (Parque Mayer), em Lisboa.

 

Inovação e financiamento

Na sua intervenção, citada pelo portal SNS, a governante destacou “dois tópicos fundamentais, interligados entre si e cuja relação simbiótica é fulcral para garantir a saúde de todos os portugueses”: a inovação farmacêutica e o financiamento do sistema de saúde, “para o qual os portugueses contribuem de forma significativa”.

Uma relação que, segundo Ana Povo, deve ser “responsável, equitativa e justa”. Para a Secretária de Estado da Saúde, “só assim conseguimos, em conjunto, a sustentabilidade financeira do sistema e o acesso universal a terapêuticas pelas quais somos largamente reconhecidos pelo mundo fora”.

 

Diálogo vital

Ana Povo salientou ainda que o diálogo entre a Indústria Farmacêutica e o Ministério da Saúde “é vital para garantir que os doentes tenham um acesso rápido e equitativo aos avanços da medicina”. Neste sentido, defendeu que o caminho para a inovação “deve ser equilibrado, permitindo que novas terapias cheguem ao mercado de forma atempada, com um foco claro na segurança e na eficácia”.

 

Reforço da produção nacional e europeia

“A pandemia de COVID-19 mostrou-nos a importância da independência e resiliência das cadeias de produção”, declarou a governante, argumentando que “o futuro da saúde em Portugal passa, necessariamente, por fortalecer a nossa capacidade de produção de medicamentos e terapias avançadas”.

Por outro lado, “o contexto europeu exige um esforço conjunto para assegurar que a Europa não é apenas um centro de investigação, mas também um líder global na produção de fármacos”, acrescentou.