De acordo com a análise dos dados publicados pela Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed), em 2018, os encargos dos portugueses com os medicamentos comprados nas farmácias atingiram o valor mais elevado dos últimos sete anos. O mesmo se passou na despesa do Estado com as comparticipações. Nos hospitais, os gastos foram os mais mais altos de sempre.
No ano passado, o Estado gastou 1.255 milhões de euros em comparticipações a medicamentos. Só em 2011 esse valor foi mais alto, com gastos a rondar os 1.326 milhões.
As despesas com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) também subiram. O crescimento foi de 3,3%, valor que tem vindo a subir de forma progressiva desde 2010.
Também os encargos dos utentes do SNS com medicamentos aumentaram de forma significativa. Em 2018, totalizaram 711 milhões de euros. Só em 2011 se encontrou um valor mais alto (799 milhões).
O Ministério da Saúde justifica este acréscimo dos encargos do SNS com “o aumento da dispensa de medicamentos com escalões elevados de comparticipação (antidiabéticos 90% e anticoagulantes 69%)”.
No mesmo relatório divulgado pelo Infarmed, em 2018 foram vendidas 161 milhões de embalagens de medicamentos, mais quatro milhões do que em 2017 e mais 21 milhões do que em 2011.