GAT denuncia «rutura completa» de antirretrovirais na Madeira 14 de dezembro de 2016 O Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT) emitiu ontem um comunicado em que denuncia uma «rutura completa» no stock de medicamentos antirretrovirais na Madeira, situação que o Serviço de Saúde da Região (Sesaram) não confirma. Segundo o GAT, desde o passado mês de novembro que a situação tem vindo a agravar-se, com a medicação dispensada avulso para períodos de apenas dez dias e, desde segunda-feira, 12 de dezembro, «não existe medicação para dispensar aos doentes seropositivos». O Sesaram admitiu, em nota à imprensa, uma «diminuição dos stocks existentes de alguns medicamentos», nomeadamente do grupo dos antirretrovirais, pelo que os serviços farmacêuticos optaram pelo fracionamento das quantidades a todos os doentes, de modo a evitar a interrupção de terapêutica. «Só com esta política, excecional e transitória, de gestão do stock do medicamento foi possível assegurar o fornecimento aos doentes», lê-se no comunicado oficial, citado pela “Lusa”. O Sesaram assegura, ainda, que até ao final desta semana está previsto a entrega de uma nova encomenda de medicamentos antirretrovirais, o que irá contribuir para uma «melhor resposta aos utentes que necessitam destes medicamentos». O Grupo de Ativistas em Tratamentos lembra, no entanto, que idêntica promessa foi feita há cerca de um ano, quando o secretário regional da Saúde, João Faria Nunes, assumiu o compromisso de que «não voltariam a ocorrer faltas, interrupções, substituições e fracionamentos de embalagens de medicamentos antirretrovirais» durante o seu mandato. «Porém, a situação agravou-se, passando a haver total ausência de stock», afirma o GAT, vincando que «nenhuma situação ao nível nacional é tão grave quanto aquela que é observada na Região Autónoma da Madeira». O Sesaram salienta, por seu lado, que ao nível nacional as roturas hospitalares se situam na ordem dos 5%, ao passo que na região autónoma estão pelos 3%. |