GE HealthCare está a desenvolver meio de contraste de MRI à base de manganês 156

A GE HealthCare concluiu o seu programa de desenvolvimento clínico de Fase I para um meio de contraste de ressonância magnética (MRI) macrocíclico à base de manganês, o primeiro desta classe.

Os resultados, que serão utilizados para apoiar o desenvolvimento clínico em curso, demonstraram, segundo referido em comunicado pela empresa, que, num primeiro estudo em seres humanos, este meio de contraste foi bem tolerado, sem eventos adversos graves, toxicidades limitadoras da dose ou descobertas clinicamente relevantes, tal como confirma um resumo apresentado no simpósio bianual de Investigação de Meios de Contraste de 2024, realizado em Oslo, na Noruega.

 

O novo meio de contraste

Os meios de contraste para RM, que são normalmente à base de gadolínio, são utilizados para melhorar a visualização de estruturas ou lesões anómalas e para ajudar a diferenciar entre tecido saudável e patológico. “Este meio de contraste macrocíclico, extracelular, de uso geral, à base de manganês, tem uma relaxividade (a capacidade de aumentar a intensidade do sinal) comparável à dos meios à base de gadolínio e espera-se que seja semelhante, em termos de diagnóstico, aos atuais medicamentos à base de gadolínio”, refere a GE HealthCare. No entanto, ao contrário do gadolínio, o manganês ocorre naturalmente no corpo e é eliminado de forma eficiente. Juntamente com as suas propriedades adequadas de melhoria da imagem, este meio “poderá ser uma alternativa viável ao gadolínio, sobretudo à luz das preocupações quanto à retenção de gadolínio e ao potencial impacto do gadolínio excretado no ambiente após o tratamento”.

“O meio de contraste à base de manganês da GE HealthCare poderá oferecer vantagens como a redução do risco de deposição nos tecidos e uma maior segurança para determinadas populações de doentes vulneráveis, em comparação com os meios à base de gadolínio, proporcionando simultaneamente capacidades de imagiologia comparáveis e um impacto ambiental potencialmente menor”, explicou Robert J. McDonald, radiologista da Mayo Clinic e membro do Comité de Segurança dos Meios de Contraste do American College of Radiology, cujo grupo colaborou com a GE HealthCare durante a fase de investigação, citado pelo comunicado.

O ensaio de Fase I foi realizado na unidade de investigação clínica do Hospital Universitário de Oslo, Rikshospitalet, na Noruega, e beneficiou de um financiamento parcial fornecido pelo Conselho de Investigação Norueguês.