Gestão do Hospital de S. João da Madeira pela Santa Casa agrada Câmara 495

Gestão do Hospital de S. João da Madeira pela Santa Casa agrada Câmara

17 de dezembro de 2014

A Câmara de S. João da Madeira defendeu ontem que o Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário, que prevê que o hospital local fique sob gestão da Misericórdia, «salvaguarda as expetativas» do município.

«A inclusão do Hospital de S. João da Madeira nesta segunda ronda de equipamentos de saúde sujeitos a negociação abre assim a possibilidade da sua passagem para a Misericórdia», declarou o presidente da câmara, Ricardo Oliveira Figueiredo, à “Lusa”.

As declarações do presidente da autarquia prendem-se com o facto de o documento hoje assinado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, dar início formal ao processo mediante o qual a unidade de saúde de S. João da Madeira poderá passar a ser gerida pela Santa Casa da Misericórdia do concelho, à semelhança dos hospitais do Fundão e de Santo Tirso.

«Temos confiança de que o processo possa chegar a bom porto ainda durante o primeiro semestre de 2015, o que irá salvaguardar plenamente a satisfação das justas expectativas da população sanjoanense», afirmou.

Ricardo Oliveira Figueiredo disse também que a formalização do Compromisso para o Setor Social e Solidário representa «o caminho certo para dotar o hospital de uma verdadeira urgência, inserida na rede do Serviço Nacional de Saúde [SNS]».

Essa é uma das condições que considerou fundamentais para que a transferência da gestão do hospital se concretize.

«Só assim será possível garantir uma efetiva melhoria dos serviços de saúde prestados à população de S. João da Madeira e da região», disse.

A legislação que define os termos em que o Ministério da Saúde e o SNS podem articular a atividade com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) está publicada no Diário da República de 09 de outubro de 2013.

A concretizarem-se essas parcerias, os respetivos acordos devem ser precedidos de um estudo que demonstre que, sob gestão das IPSS, os encargos globais do SNS diminuem pelo menos 25% em relação à alternativa prestada pelo setor público.

O processo de devolução dos hospitais às Misericórdias será, nesse contexto, monitorizado por uma comissão de acompanhamento constituída por representantes do Governo, da União das Misericórdias e das Administrações Regionais de Saúde que tutelem as unidades a transferir.