A empresa biofarmacêutica Gilead Sciences e a Comissão Europeia assinaram, a 19 de julho, um novo acordo de aquisição conjunta (JPA – Joint Procurement Agreement) que assegurará “acesso contínuo rápido e equitativo” a Veklury (Remdesivir) para os Estados Membros da União Europeia (UE) e Espaço Económico Europeu (EEE).
Em comunicado, a Gilead Sciences explica que o acordo, que sucede ao primeiro assinado em 2020, “abrange as aquisições de Veklury durante os próximos doze meses e tem a opção de ser prorrogado por mais seis meses”. Este é o “tratamento antiviral standard of care para doentes hospitalizados apropriado ao longo do espectro de gravidade da doença COVID-19” e tem “ajudado centenas de milhares de doentes em toda a Europa a recuperar mais rapidamente e a reduzir a duração dos internamentos hospitalares, o que gera poupanças para os sistemas de saúde”, garante Johanna Mercier, Diretora Comercial da Gilead Sciences.
Nos países da UE e EEE, “Veklury é o único antiviral indicado para o tratamento de COVID-19 em doentes adultos e adolescentes com pneumonia que necessitem de oxigénio suplementar”. A autorização condicional de introdução no mercado europeu foi “apoiada pelos resultados de um ensaio aleatorizado de Fase 3, em dupla ocultação e controlado por placebo para avaliar a eficácia e segurança do tratamento com Veklury durante 3 dias em doentes com elevado risco de progressão da doença”.
Neste estudo, “Veklury demonstrou uma redução estatisticamente significativa de 87% no risco de hospitalização ou morte por todas as causas até ao 28º dia”, não registando “mortes em nenhum dos braços”. Este estudo esteve também na “origem da atualização das orientações terapêuticas da Organização Mundial de Saúde para a COVID-19, que agora recomenda condicionalmente Veklury em doentes com COVID-19 ligeira a moderada, em doentes com fatores de risco para hospitalização”, conclui a Gilead Sciences.