Depois das declarações emitidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o Veklury (remdesivir), a Gilead Sciences divulgou um comunicado a indicar que o tratamento padrão para doentes hospitalizados com covid-19 é reconhecido por inúmeras organizações conceituadas, incluindo, o National Institute of Health e a Infectious Diseases Society of America nos EUA, bem como os seus congéneres no Japão, Reino Unido e Alemanha.
Para além disso, indica que a evidência sólida de múltiplos estudos divulgados em publicações científicas revistas por pares, validam os benefícios clínicos de Veklury, incluindo a recuperação significativamente mais rápida, que pode libertar recursos hospitalares limitados.
No comunicado divulgado, a Gilead Sciences refere os resultados do ensaio ACTT-1 do National Institute of Allergies and Infectious Diseases que concluíram que o tratamento com Veklury resultou em melhorias clinicamente significativas através de múltiplas avaliações de resultados em doentes hospitalizados com covid-19.
A Gilead Sciences lamenta que “as diretrizes da OMS pareçam ignorar esta evidência numa altura em que os casos estão a aumentar dramaticamente em todo o mundo e os médicos confiam em Veklury como o primeiro e único tratamento antiviral aprovado para utilização em doentes com covid-19 em cerca de 50 países”.
A empresa refere também que o “Solidarity é um ensaio clínico global, multicêntrico e aberto, realizado pela OMS, que deu prioridade a um acesso amplo a vários medicamentos investigacionais, resultando numa heterogeneidade significativa na adoção, implementação, controlos e populações de doentes. Existem muitas dúvidas se será possível retirar quaisquer conclusões definitivas dos resultados do estudo”.
A nota conclui indicando que o “antiviral, Veklury inibe a replicação do SARS CoV-2, o vírus que causa a covid-19, reduzindo a carga viral no organismo. Combinações de Veklury com agentes anti-inflamatórios estão a ser estudadas para potencialmente melhorar os resultados para os doentes com covid-19, sobretudo em doentes com formas graves de doença”.