A Glintt, multinacional portuguesa, líder em serviços tecnológicos na área da Saúde, vai lançar para o mercado novos projetos no âmbito da sua plataforma de inovação – Glintt Inov, que tem como objetivo impactar e transformar o setor da saúde, melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma sustentável, reduzir o risco da doença e criar condições para uma melhor resposta do sistema alargado de saúde.
Neste sentido, e tendo como missão a procura pelos projetos mais inovadores e que respondam aos desafios cada vez mais complexos do setor da Saúde, a Glintt Inov selecionou dois projetos – do concurso lançado no ano passado para os seus colaboradores -, que irão agora avançar para o mercado. Embora sejam projetos que têm o mesmo fim, são totalmente distintos e ligam diferentes tecnologias. Por exemplo, desde uma aplicação para monitorizar e gerir a doença crónica da melhor forma, utilizando técnicas de gamificação – Game4Life, até uma solução baseada em tecnologias de Inteligência Artificial para apoio aos diagnósticos efetuados pelos médicos – G-Diagnosis.
“Todos nós dependemos cada vez mais do telemóvel e das APPS, então, porque não lhes dar uma função na área da saúde? Talvez a forma como os podemos utilizar nesta área passe por termos uma espécie de um jogo para, continuamente, melhorarmos o modo como tomamos conta da saúde e do bem-estar. E, por outro lado, na fase da doença, neste caso da crónica, poderemos também utilizar a tecnologia para garantir que estamos a promover o autocuidado”, explica João Paulo Cabecinha, Administrador Executivo da Glintt.
Assim, surge o Game4Life, uma aplicação que tem como principal intuito acompanhar o doente crónico ou os doentes que necessitam de ter um plano de acompanhamento prescrito pelo seu médico e com acompanhamento pelo seu farmacêutico de confiança. Hoje em dia existem já várias APP para controlo de Diabetes, mas que apenas permitem o registo de informação, não possibilitando o acompanhamento por um profissional de saúde ou neste caso do farmacêutico de confiança, de forma a que este o aconselhe relativamente ao plano que se encontra a seguir.
Neste contexto, o Game4Life vem alterar este paradigma, uma vez que através desta APP, o doente vai recebendo pontos à medida que vai registando com sucesso as ações indicadas pelo médico e sabe que estas estão a ser recebidas pelo seu farmacêutico para que o possa orientar e até mesmo enviar mensagens de encorajamento. Desta forma, o objetivo deste projeto é claro: tornar-se num aplicativo de referência no setor da saúde e no acompanhamento da doença crónica, de modo a reduzir a taxa de hospitalização, devido ao seguimento incorreto dos planos de tratamento, bem como melhorar a qualidade de vida do doente crónico, garantindo uma ligação e monitorização contínua.
Por sua vez, o G-Diagnosis apresenta-se como uma ferramenta de suporte à tomada de decisão clínica, utilizando disciplinas da Inteligência Artificial no dia a dia dos médicos. Tomando partido do ecossistema digital existente nas instituições de saúde, rico em informações clínicas (nomeadamente resultados analíticos de exames e análises, historial clínico do paciente, antecedentes familiares e dados sociodemográficos), a solução em desenvolvimento irá aplicar algoritmos de machine learning, alimentados e treinados continuamente sobre esta informação. Perante uma situação de incerteza ao nível do diagnóstico, e sustentado na informação registada para cada paciente (por exemplo, sintomas e resultados de análises laboratoriais), a solução irá apresentar os diagnósticos com maior probabilidade de ocorrência. Numa primeira fase, iremos focar-nos na fibromialgia, uma patologia cujo diagnóstico é, tipicamente, muito demorado e de custo elevado, justificado pela natureza diferencial do seu diagnóstico.
Com esta plataforma, pretende-se reduzir o custo associado à realização de exames de despiste e aumentar a produtividade dos serviços, contribuindo para a melhoria da prestação dos cuidados de saúde. A longo prazo, este investimento poderá traduzir-se numa diminuição de custos para as unidades de saúde e menores transtornos para os doentes.
De acordo com João Paulo Cabecinha “Todos os projetos trazem uma visão de que é fundamental olhar para o ecossistema da Saúde como um todo. O objetivo é perceber de que forma pode a tecnologia ser utilizada para alcançar melhores cuidados de saúde e melhorar a eficiência das suas instituições. Dos projetos de inovação que nos são apresentados, olhamos para os que sejam centrados na pessoa, isto é, que melhorem de facto a sua qualidade de vida e o seu bem-estar, para os que permitam que a informação vá através das pessoas e sejam, sobretudo, baseados em tecnologia. Aqui poderemos falar da apresentação de novos métodos ou da transformação de processos, que hoje se fazem de determinada forma, mas que ao se modificarem as tecnologias, poderão passar a monitorizar e acompanhar o doente continuamente, independente do ponto onde ele esteja e dando informações aos profissionais de saúde. Porque no final, a Inov – assim como os projetos que apoia – apenas pretende reformular o sistema de saúde”, afirma.