Governador da Flórida desaconselha novas vacinas para a covid-19 a menores de 65 anos 755

O governador da Flórida desaconselhou o uso das novas vacinas contra a covid-19 a pessoas com menos de 65 anos, contradizendo a Administração do Presidente norte-americano Joe Biden, que esta semana recomendou as novas vacinas atualizadas.

Numa videochamada emitida pela rede social X (anterior Twitter) e acompanhado do cirurgião Joseph Ladapo, Ron DeSantis, argumentou que não há evidencia suficiente que sustente a eficácia das novas vacinas da Moderna e Pfizer/BioNTech recomendadas pelos Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças (sigla CDC em inglês).

Segundo Ladapo, o novo reforço aprovado na segunda-feira pelo CDC não possui dados de ensaios clínicos “significativos” realizados em humanos que apoiem “a segurança e eficácia da vacina contra a covid-19”.

“Não vou ficar parado e permitir que a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) e o CDC usem moradores saudáveis da Flórida como cobaias para novas vacinas de reforço que não foram comprovadamente seguras ou eficazes”, disse em comunicado DeSantis, pré-candidato pelo partido republicano às primárias norte-americanas.

Na semana passada, ambos se manifestaram contra as novas vacinas durante um evento em Jacksonville, no nordeste do Estado, que levou a uma resposta dos órgãos federais de saúde, que alertaram que as declarações eram perigosas para a saúde pública.

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou esta segunda-feira as vacinas atualizadas da Moderna e da Pfizer/BioNTech contra a covid-19, que são eficazes contra variantes contagiosas como a omicron XBB.1.5.

As vacinas atualizadas estão aprovadas para maiores de 12 anos e autorizadas para uso emergencial em crianças entre 6 meses e 11 anos.

Em comunicado, a Pfizer/BioNTech explicou que “a vacina desta temporada” é indicada em dose única para a maioria das pessoas com 5 anos ou mais.

“Esta decisão surge num momento em que os casos de covid-19 estão a aumentar mais uma vez”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

“A vacinação continua a ser essencial para a saúde pública e para a proteção contínua contra as graves consequências da Covid-19, incluindo hospitalização e morte”, afirmou Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Investigação Biológica dos EUA, num comunicado da FDA.

“A vacinação continua a ser essencial para a saúde pública e para a proteção contínua contra as graves consequências da covid-19, incluindo hospitalização e morte”, afirmou Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Investigação Biológica dos EUA, em comunicado.

Os cidadãos “podem ter certeza”, acrescentou, “de que essas vacinas atualizadas atenderam aos rigorosos padrões científicos da agência em termos de segurança, eficácia e qualidade de fabricação”.