17 de Junho de 2015 O Ministério da Saúde anunciou hoje que decorre o processo para aproveitar plasma para fabrico de medicamentos, mas salvaguardou que nunca será possível utilizar o plasma na sua totalidade.
O plasma pode ser inativado e administrado diretamente ao doente (o que já e feito) ou pode ser fracionado para ser transformado em medicamentos, para o que está em curso um concurso internacional que visa permitir que este processo possa iniciar-se em 2016.
Questionado durante uma audição da Comissão Parlamentar da Saúde sobre o negócio com a Octapharma, que tem permitido à empresa lucrar com o plasma, Paulo Macedo afirmou que embora não tenha nada em particular contra a empresa em causa, não gosta de monopólios e que o Governo tem tentado «corrigir esses factos», comunicou a “Lusa”.
Citando dados do INFARMED, o ministro da Saúde revelou que a quota de mercado da Octapharma teve uma «diminuição a pique» em quatro anos.
A Octapharma passou de uma faturação de 46 milhões em 2010 para 24,8 milhões em 2014, e de uma quota de mercado dos derivados de sangue e plasma de quase 80% em 2009, para 45% em 2014.
O secretário de Estado Leal da Costa esclareceu que o plasma tem uma utilização muito precisa e que é cada vez menos necessário, pelo que «o desperdício pode ser menor mas nunca será nulo».
«Em Portugal, como em quase todos os países do mundo, há um excedente de plasma que tem que ser destruído. Portugal nunca poderá ser capaz de usar todo o plasma colhido em Portugal», acrescentou. |