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Governo cria «programa muito substancial» de apoio à investigação

27 de novembro de 2014

A secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, anunciou hoje no Porto que em 2015 será criado «um programa muito substancial» de apoio à investigação médica e clínica, sem especificar os montantes previstos.

«Vai ser anunciado logo que esteja concluído e resulta de uma parceria do Ministério da Educação e Ciência com o Ministério da Saúde», acrescentou.

Leonor Parreira, que presidiu à abertura do Simpósio “O Futuro da Ciência no Século XXI”, comentava à “Lusa” as críticas feitas por cientistas sobre a falta de investimento do Governo na área da investigação, nomeadamente na área da saúde.

Em declarações feitas na terça-feira à “Lusa”, a presidente da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro, Leonor David, afirmou que existe em Portugal uma «investigação de qualidade», mas «sem futuro à vista» devido à falta de apoio financeiro aos projetos de investigação.

Contudo, a secretária de Estado da Ciência garantiu hoje que «ao contrário do que tem sido muito dito, Portugal durante este período de assistência financeira não desinvestiu em ciência».

«Tivemos um período muito difícil, mas houve um reforço financeiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia que não foi trivial, foi mais de 250 milhões de euros em 2012. O Orçamento de Estado para a ciência já subiu em 2014 sete por cento e vai subir oito por cento em 2015», afirmou.

Leonor Parreira acrescentou que «é claro que todos gostariam que houvesse muito mais, mas fez-se um grande esforço, não houve realmente diminuição de fundos. Houve uma execução para a ciência e tecnologia em termos de execução orçamental que permitiu inclusivamente subir o financiamento efetivo do sistema em 2012 e 2013, quando comparado com 2011. Portanto houve um esforço coletivo».