O Governo Regional dos Açores vai reforçar, este mês, a campanha de apelo à vacinação contra a gripe, esperando atingir uma taxa de adesão de 60% entre a população com mais de 65 anos.
«Temos vindo a aumentar em cada uma das campanhas que fazemos ao longo dos últimos anos. Este ano pensamos que vamos chegar aos 60%», adiantou o secretário regional da Saúde, Rui Luís, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, à margem do relançamento da campanha.
“Gripe? Não corra para as urgências” e “Não se deixe apanhar pela gripe. Vacine-se” são as frases dos cartazes que serão distribuídos, este mês, por todas as unidades de saúde da região e pelas casas do povo e juntas de freguesia.
Segundo Rui Luís, o objetivo da campanha é sensibilizar a população para a importância da vacinação e evitar uma maior afluência às urgências.
«A grande mensagem para a época da gripe 2018/2019 é esta: não se dirija às urgências. Por um lado, vacine-se e, por outro, sempre que tiver algum problema, utilize a Linha de Saúde Açores, porque efetivamente a gripe trata-se em casa», frisou.
O governante salientou que a Linha de Saúde Açores registou um aumento de chamadas de 110%, entre 2017 e 2018, acrescentando que este ano foi iniciado um serviço de aconselhamento, após a primeira chamada, com a contratação de mais quatro enfermeiros.
«Numa fase posterior, se for necessário, iremos tomar outras medidas, como fizemos no ano passado, nomeadamente abrir mais consultas nos centros de saúde, mas isso vamos deixar mais para a frente. Se a campanha tiver sucesso não será necessário fazer esse reforço de consultas abertas nos centros de saúde», adiantou Rui Luís, referindo-se às consultas destinadas aos utentes sem médico de família.
Nos últimos dois anos, a adesão à vacina contra a gripe entre a população com mais de 65 anos, que representa o «grupo mais vulnerável», segundo o diretor regional da Saúde, Tiago Lopes, ficou abaixo da meta: 47%, em 2016/2017, e 51,9%, no ano passado.
Nas ilhas de São Miguel, Graciosa, São Jorge e Flores a taxa de cobertura vacinal ficou mesmo abaixo dos 50%, mas o executivo açoriano conta com uma evolução positiva na época 2018/2019.