Governo garante que são 52 mil os utentes sem médico de família em Leiria 558

Governo garante que são 52 mil os utentes sem médico de família em Leiria

17 de Novembro de 2015

O Ministério da Saúde garantiu que são 52 mil os utentes sem médico de família no distrito de Leiria, desmentindo os números avançados pelo deputado do PS, António Sales, eleito pelo círculo de Leiria.

Numa nota enviada à agência “Lusa”, fonte do gabinete do ministro do Saúde adiantou que «os números da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), já ajustados ao distrito (ou seja, descontada a parte do ACES Pinhal Interior Norte, que não faz parte de Leiria), indicam que, em setembro, existiam 52.352 utentes sem médico de família em Leiria».

«Se se tratasse, ainda assim, de um erro de atualização, também não bateria certo, pois, a julho (divulgação imediatamente anterior), esse número era de 57.477», acrescenta a mesma nota.

De acordo com os números da ACSS, obtidos por «extração do Registo Nacional de Utentes», no Agrupamento de Centros de Saúde (Aces) Pinhal Litoral estavam inscritos, em setembro, 262.676 utentes, dos quais 27.556 não tinham médico de família atribuído.

No Aces Pinhal Interior Norte (só no distrito de Leiria) estavam inscritos 32.218 utentes, dos quais 3.165 não tinham médico de família atribuído. Já no Aces Oeste Norte estavam inscritos 177.333 utentes, sendo que 21.631 não tinham médico de família.

O deputado do PS eleito por Leiria António Sales denunciou, na sexta-feira, que existem cerca de 70 mil utentes sem médico de família no distrito.

O deputado explicou que no concelho de Leiria são 35.000 as pessoas sem médico de família e que nos concelhos da Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós estão sem clínico atribuído 8.000, 7.000 e 5.000 pessoas, respetivamente.

Numa nota de imprensa, o deputado referiu ainda que «a maioria dos restantes [utentes sem médico de família] é da Zona do Pinhal Interior, em concelhos como Castanheira de Pera ou Figueiró dos Vinhos onde a maioria dos utentes tem médico de família apenas uma tarde por semana».