O ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago, defendeu esta quinta-feira, como avança a Lusa, a necessidade da criação de um “comando único” para a distribuição de medicamentos e produtos de saúde, como forma de garantir eficiência.
“A redistribuição de armazéns na cadeia de abastecimento a favor de armazéns intermediários e transitórios, estrategicamente localizados, vai trazer vantagens significativas que vão se resumir na diminuição de custos de armazenamento, custo de transporte, redução de riscos de perda de armazenamento, assim como a celeridade da entrega dos medicamentos às unidades sanitárias”, disse Armindo Tiago.
O governante falava durante o Conselho Coordenador de Logística Farmacêutica e Material Médico, em Maputo.
Para Armindo Tiago, o trabalho conjunto entre todas a instituições ligadas à distribuição de medicamentos é fundamental para a eficácia da Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM), instituição de logística farmacêutica moçambicana.
“O primeiro elemento necessário é assumir o conceito e o princípio usado no setor da saúde, que é o uso da evidência científica para a tomada de decisões baseadas em factos e não em pressupostos. O segundo elemento é o trabalho com todas as instituições do setor de saúde e de outros setores para assegurar que a sua atividade possa correr da melhor forma e, por fim, o fortalecimento na capacitação como instituição”, acrescentou.
A falta de medicamentos em unidades de saúde moçambicanas, sobretudo no meio rural, tem sido uma das principais reclamações dos profissionais de saúde, que colocaram este ponto como um dos principais na lista de reivindicações durante as greves que convocaram nos últimos meses para exigir melhores condições de trabalho.