Governo permite contratar até 400 médicos reformados para o Serviço Nacional de Saúde 20 de Maio de 2015 O Ministério da Saúde anunciou ontem a contratação, este ano, de médicos reformados, até um máximo de 400, para suprimir a carência destes profissionais, em particular na área de Medicina Geral e Familiar, no Serviço Nacional de Saúde (SNS). O despacho que autoriza a contratação foi publicado ontem, Dia Mundial da Medicina Familiar, em Diário da República, e é assinado pelos ministros da Saúde, Paulo Macedo, e das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Segundo a Associação de Medicina Geral e Familiar, um milhão e 300 mil pessoas não têm médico de família, com Lisboa e Algarve a terem mais carências de clínicos, na ordem dos 30%. O diploma publicado determina que os médicos aposentados que forem contratados para o SNS possam acumular a pensão com um terço da remuneração que corresponda às funções que vão desempenhar, a tempo inteiro ou parcial. Em comunicado, o Ministério da Saúde adianta que estão em formação 1.753 médicos da especialidade de Medicina Geral e Familiar, encontrando-se a aguardar colocação 237 recém-formados, que, «tudo indica, entrarão no concurso que está a decorrer». Para o fim do ano, «está previsto novo concurso para os 112 especialistas que se formam na segunda fase», acrescenta a nota, citada pela “Lusa”. De acordo com a tutela, faltam 652 médicos de família, dos quais 421 na região de Lisboa e Vale do Tejo, que, com o Algarve, é a zona com menor número destes profissionais. O comunicado precisa que, dos dez milhões de utentes inscritos nos centros de saúde, um milhão e 283 mil não têm médico de família. |