Governo português solidariza-se com Bial e afirma confiança no laboratório 25 de Maio de 2016 O Governo solidarizou-se com a Bial e manifestou ontem confiança naquela farmacêutica, estimulando-a a prosseguir a investigação e desenvolvimento de projetos que contribuam para a economia portuguesa e para o bem-estar dos cidadãos. «A Bial, sendo uma das mais relevantes empresas portuguesas no domínio da inovação, tem a confiança e a solidariedade do Governo Português, bem como o estímulo para prosseguir a investigação e desenvolvimento em projetos de relevante contributo para a economia portuguesa e para o bem-estar dos cidadãos e dos doentes», afirma o Ministério da Economia, num comunicado citado pela “Lusa”. Não obstante, afirma estar a «acompanhar com especial atenção» o desenvolvimento do incidente ocorrido em janeiro, em Rennes, França, com uma molécula experimental do laboratório. O Governo sublinha que o relatório publicado na segunda-feira pela Inspection Générale des Affaires Sociales (IGAS) reafirmou a regularidade do protocolo do ensaio e confirmou que não foram detetados quaisquer sinais prévios que pudessem ter previsto o sucedido na fase pré-clínica, realçando o caráter inesperado e imprevisível dos acontecimentos. Até ao momento, ainda não foram determinadas as causas concretas do acidente. «O Governo Português aguarda que a divulgação, que se deseja para breve, dos relatórios médicos de todos os voluntários, dos dados da autópsia do voluntário que lamentavelmente faleceu, bem como dos procedimentos levados a cabo pelo Centro Hospitalar de Rennes, possam ajudar a esclarecer as reais razões deste acontecimento», acrescenta o Ministério da Economia. O Governo francês afirmou na segunda-feira que o laboratório português Bial e a empresa especializada Biotrial «têm responsabilidade, de várias formas» no ensaio clínico em que morreu um voluntário e exigiu um plano de ação que impeça a repetição das «falhas graves». A 17 de janeiro, Guillaume Molinet, de 49 anos, morreu durante um ensaio clínico realizado em Rennes pela empresa especializada Biotrial, enquanto testava para o laboratório português Bial uma molécula que atuava sobre o sistema nervoso. Outros cinco voluntários tiveram também de ser hospitalizados e alguns deles apresentam ainda sequelas neurológicas decorrentes dos testes com aquela substância que tinham sido validados pela Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM). |