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Governo quer medicamentos para o cancro e sida nas farmácias

04 de Dezembro de 2015

O governo quer que as farmácias dispensem medicamentos na área do cancro e das doenças transmissíveis, como a infeção VIH/sida. E admite dar início a uma fase de ensaios para testar o modelo que, a ser aprovado, vai permitir que os pacientes levantem a medicação sem ter de se deslocar aos hospitais.

Esta é uma das medidas previstas no programa de governo, que aposta cada vez mais nos cuidados de saúde de proximidade e na articulação entre os diversos agentes do setor, sejam eles hospitais, centros de saúde, prestadores privados e do setor social e as farmácias. Ao mesmo tempo, um documento que quer quebrar barreiras de acesso, reduzindo as taxas moderadoras ou o pagamento de transportes.

O Ministério da Saúde, liderado por Adalberto Campos Fernandes, pretende que os serviços das farmácias sejam cada vez melhor aproveitados e valorizados, mas também que haja medidas de apoio ao uso racional do medicamento, que tem sido alvo de campanhas no último ano, noticiou o “DN”.

A possibilidade de os doentes oncológicos ou com VIH/sida poderem levantar a medicação nas farmácias é falada há vários anos. E seria uma forma de evitar deslocações aos hospitais, melhorando o acesso, reduzindo a espera nos hospitais e, ao mesmo tempo, compensar um setor que tem sido lesado nos últimos anos com medidas de contenção de custos.

A medida esteve quase a ser iniciada durante o executivo de Ana Jorge, mas uma vez mais não chegou a avançar. O alargamento dos serviços, como o recentemente aprovado apoio na área da diabetes, estava também a ser estudado com o ministério anterior, mas ainda não havia uma decisão.