Governo vai estudar alargamento de cheques-dentista aos 18 anos 756

20 de Março de 2015

O Ministério da Saúde vai estudar o alargamento do programa dos cheques-dentista até aos 18 anos, anunciou hoje o secretário de Estado Leal da Costa.

À margem das comemorações do Dia Mundial da Saúde Oral em Lisboa, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde manifestou aos jornalistas a vontade de alargar, «tão cedo quanto possível», o programa dos cheques-dentista, citou a “Lusa”.

«Tão cedo quanto possível gostaríamos de alargar para os 18 anos. Essa é uma matéria que vai ter de ser estudada com a Direção-geral da Saúde. Se as condições existirem, e não basta apenas meter mais dinheiro no programa, com certeza que gostaríamos muito de cumprir o programa até aos 18 anos», afirmou Leal da Costa.

Atualmente, o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral – dos cheques-dentista – abrange já crianças e jovens que frequentam as escolas públicas aos 7, 10, 13 e 15 anos, bem como grávidas seguidas nos serviços públicos, idosos que recebem o complemento solidário e portadores de VIH/sida.

Um estudo hoje apresentado mostra que o número de cáries dentárias nas crianças portuguesas de seis e 12 anos tem diminuído desde 2000 e, em 2013, mais de metade das crianças daquelas idades apresentava-se livre de cáries.

O número de crianças com seis anos que estavam livres de cáries subiu de 33% para 54% entre 2000 e 2013, ou seja, uma redução de 21 pontos percentuais no número de cáries.

Evolução semelhante foi registada nas crianças de 12 anos, em que 53% não têm qualquer cárie. Quando analisados os jovens com 18 anos, essa percentagem baixa para 32,4%.

O estudo da Direção-geral da Saúde, realizado em parceria com a Ordem dos Médicos Dentistas, contou com uma amostra de 1.326 crianças aos 6 anos, 1.309 aos 12 anos e 1.075 aos 18 anos, com representatividade nacional e regional, do continente e das regiões autónomas.

De acordo com os responsáveis do estudo, a situação da dentição em crianças com menos de 18 anos melhorou devido à redução dos níveis de doença mas também ao aumento da resposta curativa, nomeadamente através do programa que atribui cheques-dentista.