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Governo vai recompensar médicos que atendam mais doentes

28 de Agosto de 2015

O executivo liderado por Passos Coelho e Paulo Portas vai passar a recompensar pecuniariamente os médicos de família que aumentem as respetivas listas de utentes, em regiões geográficas especialmente carenciadas no rácio entre especialistas clínicos e doentes.

 

«Prevemos, com esta medida, que mais 200 mil cidadãos podem beneficiar de médico de família», afirmou o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Marques Guedes, após reunião do executivo da maioria PSD/CDS-PP, em Lisboa, avançou a “Lusa”.

 

O responsável governamental congratulou-se com o facto de apenas «11,7% da população» não ter médico de família atribuído, mas vincou que, apesar de se tratar do «número mais baixo de sempre», a sua distribuição pelo território não se verifica de «forma uniforme».

 

Algarve, Alentejo litoral, Grande Lisboa (Loures, Amadora, Sintra e Cascais) e Pinhal Litoral vão ser as regiões a merecer atenção, numa processo que Marques Guedes esclareceu ser de «adesão voluntária» por parte dos médicos, vigorando nos próximos dois anos.

 

O valor do incentivo «oscila entre 648 euros e 741 euros, escalões a ser definidos pelo número de utentes acrescentados a cada médico de família» e ao facto de certos profissionais terem contratos de 35 horas e outros de 40 semanais de trabalho, ainda segundo o ministro, que previu que o rácio de pessoas por médico pode assim crescer dos atuais 1.900 utentes por especialista para até 2.266 pessoas por médico.