Gravidez: Prevenir e tratar hemorroidas 135

Muitas mulheres têm hemorroidas na gravidez, mas a maioria ainda sente vergonha de o contar a um profissional de Saúde. É, por isso, fundamental esclarecer que pode ser possível prevenir e tratar esta patologia se priorizar alguns cuidados ao nível da alimentação e adotar um estilo de vida saudável.

Durante a fase de gestação, frequentemente, surgem, de acordo com um comunicado da Servier, alguns sintomas de hemorroidas, nomeadamente: desconforto ou dor na região anal; prurido; exteriorização (prolapso) das veias hemorroidárias; e hemorragia durante a defecação.

Além disso, existem outros fatores de risco a ter em consideração como: a pressão exercida sobre as veias hemorroidárias, motivada pela pressão do feto; o aumento temporário de peso; a obstipação e o esforço exercido nas veias hemorroidárias durante a defecação.

“A gravidez poderá decorrer de forma mais tranquila, no que toca às hemorroidas, sobretudo através da prevenção”, salienta Óscar Rebelo, médico ginecologista e Obstetra do Hospital do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada, também em comunicado, acrescentando que “é importante que estas medidas sejam sempre acompanhadas pelo médico assistente, pois dependem do quadro clínico que a gestante apresente”.

 

Três cuidados fundamentais a ter durante a gestação

1) Ingerir uma maior quantidade de água e adotar uma alimentação saudável e rica em fibras, para prevenir a obstipação e o esforço exercido durante a defecação;

2) Praticar regularmente exercício físico (adaptado à gravidez e à situação hemorroidária), uma vez que contribui para uma boa circulação venosa;

3) Evitar permanecer de pé ou na posição sentada durante muito tempo seguido, para ajudar a aliviar a pressão sobre as veias hemorroidárias.

 

O tratamento

Pode variar de acordo com a situação de cada doente, sendo que os medicamentos venoativos orais, indicados para o tratamento das crises e prevenção das recorrências de crises hemorroidárias, e os tópicos para um alívio local complementar são as terapêuticas mais utilizadas, em fase de crise.

Sendo uma doença com manifestações recorrentes e por vezes incapacitantes, um tratamento mais consistente pode passar pelo tratamento instrumental em regime ambulatório (esclerose; laqueação elástica…) ou cirúrgico. Pode saber mais aqui.