Greve a horas extraordinárias no INEM com adesão de «zero por cento», diz instituto 11 de Agosto de 2016 A greve aos turnos extraordinários dos trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) teve uma adesão de «zero por cento», disse a entidade em comunicado, divulgado ontem à noite. «Todos os operacionais do INEM escalados para os turnos regulares ou de trabalho extraordinário, desde dia 6 de agosto, encontram-se em plena laboração, verificando-se uma percentagem de adesão à greve de 0%», aponta o comunicado do INEM. A greve às horas extraordinárias foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), que a agência “Lusa” tentou contactar para pedir um comentário, mas que não foi possível. Os trabalhadores, segundo um comunicado recente da Federação, querem uma carreira profissional mais digna e «uma justa transição para a nova carreira» de técnico de emergência pré-hospitalar (TEPH), além de uma aplicação efetiva das 35 horas, o pagamento do trabalho extraordinário, o recrutamento de novos trabalhadores e «condições de trabalho dignas». A Federação também disse que a greve, até ao fim do ano, acontece num momento em que o INEM tem visto os meios diminuírem ao longo dos anos. Segundo o comunicado do INEM, desde que começou a greve e até ontem à noite, a percentagem de adesão foi de zero por cento e todos os meios de emergência no norte, no centro e no sul estão operacionais, «incluindo os turnos em que tem sido necessário recorrer a trabalho extraordinário». O INEM esclareceu ainda que o socorro era assegurado a 31 de dezembro do ano passado por 614 meios, aos quais se soma atualmente uma nova ambulância de emergência médica em funcionamento em Quarteira, e o reforço sazonal no Algarve (mais um motociclo de emergência médica em Portimão e três Ambulâncias de Socorro do INEM, nas delegações da Cruz Vermelha Portuguesa de Armação de Pêra, de Tavira e de Albufeira). A estes meios, o comunicado “junta” «mais duas viaturas médicas de emergência e reanimação, que iniciaram este ano atividade no Hospital Fernando da Fonseca (Amadora/Sintra) e no Centro Hospitalar Barreiro/Montijo». Garante-se no comunicado que atualmente o INEM tem 621 meios de emergência, aos quais se juntam «várias ambulâncias de emergência médica e ambulâncias de suporte imediato de vida (em número variável) que, nos últimos dias, estão empenhadas no apoio ao dispositivo de combate aos incêndios florestais e às populações afetadas». Quanto a recursos humanos, o INEM tinha há um ano 181 técnicos operadores de telecomunicações de emergência e 748 técnicos de emergência, tendo agora 222 técnicos operadores de telecomunicações de emergência e 809 técnicos de emergência. Estes profissionais encontram-se, desde dia 5, na lista de transição para a nova carreira de TEPH, disse o INEM, que «assegura que a população portuguesa tem e continuará a ter um serviço de emergência médica de qualidade». |