A adesão à greve dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica é superior a 90% e a dos trabalhadores administrativos do Serviço Nacional de Saúde ronda os 87%, segundo dados divulgados pelos sindicatos.
Segundo os primeiros dados revelados pelo Sindicato Nacional do Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), a “adesão é total” em alguns pontos do país, provocando “o encerramento de serviços, sendo apenas assegurados os serviços mínimos”.
O Hospital S. José, Hospital de Macedo Cavaleiros, Centro de Sangue e Transplante do Porto, Hospital de Portimão, Hospital de Faro, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Hospital S. João, Hospital Garcia de Orta, Centro Hospitalar Cova da Beira são exemplo de algumas instituições “fortemente afetadas por esta greve”, afirmou o sindicato em comunicado.
Em termos de serviços, ficam comprometidas áreas como análises clínicas, imagiologia, cardiopneumologia, radiologia, anatomia, patologia clínica, farmácia, neurofisiologia e cirurgias programadas, adiantou o STSS.
Relativamente à adesão à greve dos funcionários administrativos do SNS, o presidente da Associação Sindical do Pessoal Administrativo da Saúde (ASPAS), Luís Grabulho, avançou à ‘Lusa’ que ronda os 87%.
Segundo Luís Grabulho, os serviços mínimos estão a ser assegurados por profissionais que optaram por não fazer greve porque “os vencimentos que têm são tão baixos que o que lhes descontam na greve é significativo”.
A Frente Comum da Administração Pública, da CGTP, convocou em dezembro uma manifestação nacional para hoje contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%, a que se seguiu o anúncio de greves nacionais por parte das estruturas da UGT – a Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Entretanto, várias organizações setoriais marcaram também greves para hoje, como são os casos da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afeta à CGTP, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica.
Esta é a primeira greve nacional da função pública desde que o atual Governo liderado por António Costa tomou posse, em 26 de outubro, e acontece a menos de uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), marcada para 06 de fevereiro.