Greve da Função Pública: Adesão dos enfermeiros acima dos 76% 13 de Março de 2015 A adesão dos enfermeiros à greve da função pública de hoje está acima dos 76% nos hospitais portugueses, segundo dados do Sindicato revelados à agência “Lusa”. O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) adiantou que, em média, nos hospitais, no turno da noite a adesão foi de 76,2% e no turno da manhã de 76,4%. «Esta forte adesão dos enfermeiros à greve geral da função pública traduz a insatisfação e a revolta dos enfermeiros em relação à imposição das 40 horas semanais», declarou José Carlos Martins. Segundo o sindicalista, os enfermeiros exigem a reposição das 35 horas de trabalho semanais, a harmonização salarial entre todos os enfermeiros e o descongelamento das carreiras. Depois da greve de hoje, o SEP vai lançar uma discussão para que o setor avance com formas de luta específicas, que podem passar pela marcação de uma paralisação setorial. José Carlos Simões manifestou-se ainda indignado com a imposição de novos serviços mínimos para greve de hoje, decretados unilateralmente pelo juiz do tribunal arbitral. De acordo com o SEP, ao final de 20 anos de serviços mínimos negociados entre o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e os sucessivos governos, um juiz presidente do Tribunal Arbitral decidiu, unilateralmente, alterar os serviços mínimos e o número de enfermeiros para os assegurar, nas instituições de saúde. A greve de hoje foi convocada pela federação sindical filiada na CGTP e teve depois a adesão do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) e do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE). Na origem da convocação da greve estão os cortes salariais na Função Pública, o aumento do horário semanal das 35 para as 40 horas, a colocação de trabalhadores no regime de requalificação, o congelamento das carreiras e a falta de negociação no setor. |