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Greve de técnicos de diagnóstico e terapêutica pode afetar serviços

12 de Fevereiro de 2015

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciam hoje uma greve de dois dias, o primeiro dos quais com uma manifestação frente ao Ministério da Saúde, podendo as análises clínicas e outros exames ser afetados pelo protesto.

A greve, convocada pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), decorre desde as 00:00 de hoje, prolonga-se até às 23:59 de sexta-feira e visa «defender os serviços públicos de saúde e, em especial, o Serviço Nacional de Saúde (SNS)».

De acordo com o pré-aviso de greve, a paralisação é um protesto contra «o bloqueio negocial das carreiras, imposto pelo Governo, em clara violação da lei».

Em causa está também «a não revisão das carreiras, associado ao congelamento dos escalões e dos concursos, dos cortes salariais e da depreciação do pagamento do trabalho extraordinário, atingir quase 50% das remunerações a que os técnicos de diagnóstico e terapêutica têm direito».

O «desemprego galopante, a não substituição dos profissionais aposentados e consequente aumento das cargas de trabalho, desrespeito pelas escalas de trabalho, violações do direito aos descansos semanais e compensatórios e dos limites do trabalho extraordinário, sobrecarga dos regimes de trabalho, com risco para a segurança dos doentes e a qualidade dos desempenhos» são outros dos motivos da greve.

No primeiro dia de greve, os trabalhadores vão manifestar-se no primeiro dia frente ao Ministério da Saúde.

Análises clínicas e outros exames de diagnóstico e terapêutica poderão ser afetados pela greve, que pode ainda ter impacto em cirurgias programadas.

Em comunicado, o STSS considera que o Governo «agravou a discriminação e a violência institucional que vem exercendo sobre» estes profissionais.

Em novembro do ano passado, os técnicos de diagnóstico já tinham realizado dois dias de greve nacional, exigindo a revisão da carreira, contestando a interrupção de negociações por parte do Ministério da Saúde e reclamando da sobrecarga de trabalho, devido à falta de substituição dos funcionários que se foram aposentando.

Segundo o Sindicato, a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos, sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida.

Relativamente ao diálogo negocial, os sindicalistas acusam o atual Ministério da Saúde de bloquear as negociações sem qualquer explicação.

Além destes motivos, os sindicalistas consideram que o Governo veio agravar a «discriminação institucional» destes profissionais.