Greve de técnicos de diagnóstico pode comprometer exames 31 de outubro de 2014 Os técnicos de diagnóstico e terapêutica começaram hoje, às 00.00, a cumprir o primeiro de dois dias de greve nacional. Exames e análises podem ser afetadas. O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde exige a revisão da carreira, contesta a interrupção de negociações por parte do Ministério da Saúde e reclama da sobrecarga de trabalho, devido à falta de substituição de funcionários que se foram aposentando. O presidente do Sindicato, Almerindo Rego, disse à agência “Lusa” que o pré-aviso da greve, marcada para hoje e para segunda-feira, abrange cerca de 10 mil profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), do ensino superior e do especial do Ministério da Educação, assim como serviços de saúde do Ministério da Defesa e serviços forenses e de investigação do Ministério da Justiça. Almerindo Rego reconhece que é no SNS que o impacto da greve será maior, afetando serviços como radiografias, análises e outros exames de diagnóstico, podendo levar até ao cancelamento de cirurgias programadas. O sindicalista salienta, contudo, que «nunca será posta em causa a vida dos doentes», aludindo ao cumprimento de serviços mínimos. Sobre os motivos da greve, o Sindicato frisa que a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida. Relativamente ao diálogo com o atual Ministério da Saúde, Almerindo Rego disse que as negociações «foram bloqueadas» em junho, porque o Governo só pretenderia resolver a questão se isso não implicasse gastar mais dinheiro. «Somos os únicos licenciados na área da saúde que não recebemos como tal», lamentou o presidente do Sindicato, vincando ainda a «sobrecarga de trabalho» a que estão sujeitos os atuais profissionais. «Lamentamos ter de recorrer à greve, mas face à violência institucional que se abateu sobre os profissionais que representamos só temos que atribuir as responsabilidades das consequências desta luta a um Governo que não nos respeita», refere o Sindicato. |